sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Face

Confesso que ,às vezes, o face me aborrece.
São anúncios a "trapinhos" vistosos e baratos ,apelando à compra que satisfaz a pobre vaidade feminina.E para homem que se cuide também não faltam.Do after-shave,ao perfume,aos exemplos de proeza e força.Que quem pense que o "marialvismo"passou ,julgo que está ligeiramente enganado.Sei que as gerações mais novas desconhecem o termo mas (tristemente)não o conteúdo.
São outras tantas páginas a pedir "um like"...
Depois,ai!depois seguem-se as fotografias de animais "muito queridos e fofinhos".Assim exige a moda da linguagem que os classifiquemos.
De vez em quando, é dito o que queremos e até o que não queremos.O espaço é virtual e o retorno não chega logo.Mas o espaço agita-se,mexe-se... aí aparecem os comentários que suscitam curiosidade e interesse.Mais.Motivam a reflexão.
Este,por exemplo:
You are a produt.
O meu cérebro funcionou fazendo esta ligação rápida:produto,máquina,revolução industrial,fabrico em série.
Respondi: no, we aren't.
Pensei que somos pessoas e com alma,sentimentos,fraquezas e sucessos.Disse de mim para mim:Eu?um produto,que horror!
Pois tive esta contra resposta:Eu sou o produto de amor de uma mãe e de um pai protector.
Senti uma emoção.Doce.Muito doce.Por isso,postei.
That is the sweetest product ,dear friend!
Estava aberto o caminho da reflexão sobre o poder das palavras.Esse poder que nos entranha, ao qual damos forma,o significado.Talvez, de acordo com o que vivemos.Talvez ,de acordo com o nosso Conhecimento.
Tive,então, a certeza que tinha começado a escrever fazendo a pior escolha possível:Confesso.