sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Afinal o que é a verdade?



O Império Romano,também,caiu!
Foi poderoso,extenso,influente,organizado.
Herodes, não era um nome, era um cargo.Pilatos  foi governador,cobrador de impostos.Estava directamente
dependente do Imperador.
Jesus,ensinava, pregando a sua doutrina de amor e perdão.O povo aplaudiu-O  primeiro,a mesma gente que O condenou ,de seguida.Por isso,foi mandado a Herodes para o julgar.Impotente e indeciso sobre a decisão a tomar reenviou-O a Pilatos,seu superior hierarquicamente.Que lavou as mãos sem que antes tivesse tivesse feito a pergunta:"o que é a verdade?"
Passaram 2014 anos ,quase 2015.A verdade comum,aquela mesquinha ,usada todos os dias, é vocábulo em vias de esquecimento.Ocorre-me a pergunta:-O que é a mentira?Talvez uma "estória "tola,perfeitamente vazia de significado,perceptível aos receptores.
Disse António Aleixo:
Para a mentira ser segura
e atingir profundidade
tem que trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.
A mentira enquanto puro falseamento não tem alma,não tem vida .É artifício. É fantasia.Reconhecida logo fica na nuvem escura da nossa memória.Minimiza o autor,apenas.Quando tem um pequeníssimo núcleo, este só pode ser verdadeiro.
Esta é uma questão do tempo que atravessamos.Não valerá a pena ouvir tantas afirmações,promessas e comentários.Bastará seleccionar alguns.Depois,analisá-los.Decompô-los. Facilmente se concluirá com alguma astúcia e habilidade o que vale a pena ficar e o que vale a pena esquecer.
Dos Gregos temos ideias,dos Romanos ruínas.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Não sei falar de mim

Isto vem a propósito de uns textos que tenho andado a ler.


 Não me vejo. A imagem do espelho deve ser parecida.Só parecida comigo.Quando olho outra pessoa é que tenho a certeza que nunca me verei.Como todos nascemos e morremos sem esta tão simples oportunidade. Aqui ficamos pelo aspecto físico.O corpo sem alma é inerte e inexpressivo pronto a transformar-se noutra matéria.Essa transformação tem vindo a ser alterada pelos hábitos sociais, pelas crenças,por muitos motivos que a Sociologia se não explica,quantifica.Da o mumificação à cremação.Passaram séculos .Caiu o silêncio
 Seremos o que julgamos ser? Acredito que não.
 Falamos de emoções,de afectos e não-afectos
 de amores encontrados ,uns,perdidos ,,outros
de culpa e de erros (pouco)
de conquistas grandes,de coragem
de fraqueza(raramente)
de lágrimas que esperam aplausos ou consolação
que a lágrima sentida secou pela dor
da saudade contente e da saudade triste
que a saudade autêntica é muda
das recompensas com caixas de chocolates
dos amigos que não são amigos
que os amigos a sério não  são tema de conversa
do trabalho que gostamos
do que gostariamos e não realizamos
de alguns sonhos(fantástico!)
de perdas (pequenas),de desilusões
Falamos muito.Demais.Sem dizer  coisa alguma.
Pedimos ajuda à memória
e a lista vai-se alargando...
Então?
Seremos apenas um "eu"'?
Ao longo da vida somos o que os outros dizem que somos.
Oh ,pá eu conheço-o/a muito bem
Como ninguém!
e assim cada um
 se multiplica.